Fonte da Telha: 29,5 milhões de euros para demolir casas e bares (Portugal)

Fonte da Telha: 29,5 milhões de euros para demolir casas e bares

A Fonte da Telha tal como a conhecemos hoje vai desaparecer. Esse é, pelo menos, o objetivo do Plano de Pormenor, em consulta públicaaté 12 de novembro pela Câmara Municipal de Almada, que prevê ademolição de quase todas as construções existentes na zona entre a Arriba Fóssil da Costa da Caparica e o cordão dunar daquela zona de frente atlântica do concelho de Almada.

Os pescadores vão ser realojados num novo bairro e quase todos os estabelecimentos comerciais construídos sem licença ou em locais demasiado expostos ao avanço do mar terão de ser relocalizados, segundo escreve o Público, dando nota de que axecução do plano de pormenor tem um custo estimado de 29,5 milhões de euros.

As intervenções, de acordo com o documento citado pelo jornal, deverão servir para "lavar a cara" de uma zona das zonas mais procuradas pelos banhistas (8000 a 10.000 por dia) dos concelhos de Lisboa e da Margem Sul do Tejo durante o Verão.

A Fonte da Telha começou por ter um pequeno núcleo de pescadores, no início do século XX, que foram construindo habitações não licenciadas – nos meados da década de 1950 seriam cerca de 30. A ocupação foi evoluindo e no final da década de 1980 foram contabilizados 670 edifícios, sobretudo casas de férias. Apesar da demolição de grande parte das habitações ilegais (576) no final dos anos 80 e início dos anos 90, o desordenamento mantém-se. 

Agora, relata o jornal, a Câmara de Almada quer demolir praticamente todas as habitações, onde residem perto de 400 pessoas. E, além das habitações clandestinas, o plano de pormenor prevê também a demolição integral de sete dos dez bares e restaurantes de apoio à praia (o Rampa, o Lareira e o Bambu Bar foram já construídos de acordo com as indicações do plano de ordenamento da orla costeira), e a reconstrução em cotas mais altas, uma vez que a zona está sujeita a galgamentos marítimos e à queda de blocos das arribas. 

A zona a demolir será integrada na Rede Ecológica Nacional, estando prevista a sua arborização, diz ainda o diário, noticiando que está prevista também a recuperação da vegetação autóctone degradada e a plantação de espécies características das zonas costeiras.

Fonte: idealista.pt

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