Boa Viagem terá engorda da orla em 2015 (PE)

Projeto executivo da obra está orçado em R$ 58 milhões e compreende um trecho de 5 km
Mesmo com o paredão de pedras, o mar tem avançado em vários pontos de Boa Viagem, reduzindo a faixa de areia | Maurício Ferry/Folha de Pernambuco
O projeto executivo da obra de engorda da orla de Boa Viagem, no Recife, está pronto. Orçado em R$ 58 milhões, será executado pela Secretaria de Infraestrutura e Serviços Urbanos do Recife. Serão contemplados 5 km, dos 8 km que totalizam a orla. Áreas como os trechos em frente ao Castelinho e na altura do Atlantic Plaza, onde o mar tem avançado. A engorda prevê a utilização de 850 mil metros cúbicos de areia, material que deverá ser retirado de jazidas localizadas no Cabo de Santo Agostinho. A previsão é de que a obra comece em 2015. Mas não há data exata, já que o município aguarda aporte federal.“O projeto executivo será apresentado ao prefeito Geraldo Julio, na próxima semana”, adiantou a secretária de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Recife, Cida Pedrosa, durante a abertura do evento PE no Clima, na última segunda-feira (3), no Centro de Convenções do Estado.


O aumento da faixa de areia é a principal ação mitigadora para evitar que a força do mar acabe “engolindo” a região costeira do Recife até o final do século. “Estamos em uma cidade que está, em média, dois metros abaixo do nível do mar”, comentou Cida Pedrosa. A secretária destacou que a experiência de engorda de Jaboatão será consultada. Mas adiantou que Recife terá um projeto melhorado, já que o da cidade vizinha apresentou problemas. Além da Capital, Jaboatão e Paulista também sofrem com o avanço do mar e iniciaram ações compensadoras.


Jaboatão - Em Jaboatão, após nove meses de uma obra que custou R$ 38 milhões, alguns trechos terão que ser refeitos. “Como não é uma situação matemática não tinha a certeza. As simulações previam que poderiam ocorrer e a gente aguardou para ver como ia se comportar”, justificou o secretário executivo de Obras de Jaboatão dos Guararapes, Roberto Rocha.

No município, o mar voltou a avançar em três pontos: na Foz do Rio Jaboatão, próximo do Sesc e na altura do Golden Beach. De acordo com Rocha, técnicos já identificaram a necessidade das construções de estruturas de pedra para a contenção da erosão nesses pontos. O projeto para os reparos devem começar pela área do Golden e depois seguir para o Sesc e a Foz do Ipojuca. Cada trecho de paredões tem custo estimado de R$ 800 mil. Não há previsão para o início da contenção, já que a prefeitura ainda está captando recursos.

Paulista - Enquanto aguarda um projeto de engorda que foi prometido pelo Governo Estadual, Paulista antecipou sua ação contra erosão marinha adotando um sistema de “bagwall”. O secretário de Meio Ambiente da cidade, Fábio Barros, explicou que diferente da engorda, que consiste na colocação de areia para recompor a praia, o “bagwall” é uma parede em forma de escadaria colocada na linha de praia máxima, fora do ambiente marinho.

“Como é feita em forma de escadaria, ela dissipa a energia da onda impossibilitando que destrua a costa”, explicou. Segundo Barros, o serviço está 95% concluído, abrangendo quatro trechos pequenos no Janga e um trecho de 2 km em Pau Amarelo.
Fonte: Folha de Pernambuco

Comentários

Mais visitados